quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Ministério do Trabalho resgata 131 pessoas em situação análoga à escravidão em Minas
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FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO

Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 131 pessoas em condições análogas à escravidão em fazendas de Minas Gerais. O grupo, que inclui oito menores, trabalhava nos município de Unaí e Buritis, próximos à divisa com Goiás, na região noroeste de Minas.

De acordo com o Ministério do Trabalho, foram aplicadas multas de R$ 400 mil por conta de verbas rescisórias e da emissão do Seguro Desemprego para o Trabalhador Resgatado. Três propriedades que cultivam feijão foram interditadas e 68 autos de infração foram emitidos. O nome das propriedades não foi informado.

As pessoas foram agenciadas pelos chamados "gatos" --intermediadores irregulares de mão de obra--, que publicavam as vagas de trabalho em anúncios, diz o ministério.

O órgão afirma que os trabalhadores não dispunham de água potável, instalações sanitárias nem equipamentos de segurança. Parte deles era alojada em barracos de lona. Além disso, eram mantidos dependentes dos proprietários ao contraírem dívidas na compra de produtos para sobrevivência.

Dentre os oito trabalhadores menores de idade, cinco tinham menos de 16 anos. Assim como os demais, após a operação eles foram levados de volta à cidade de origem --não informada pelo Ministério do Trabalho.

Apesar de divulgada somente hoje, a operação foi finalizada no dia primeiro de outubro. Segundo a assessoria do ministério, a medida foi tomada para que as investigações sobre o caso não fossem prejudicadas.

A operação contou com o Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal.



Comentário:
Lamentável..............um país tão democratizado como o Brasil ainda haja esse tipo de trabalho, em Minas Gerais, para ser mais exato em Unaí e Buritis, próximos à divisa com Goiás, na região noroeste de Minas. Numa lavroura de feijão, mais de 100 pessoas em situações análogas de sobrevivência, mais que descaso do contratante com esses trabalhadores.

Postado por: Caio Cardozo
Fonte: Folha de São Paulo

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